segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Teu jeito


Embriagada, entorpecida, desnorteada, desorientada,
Camuflada, estática nos sentidos , em cada traço,
Cada passo, caras e bocas, nos olhares
Os quais os meus olhos esfomeados devoram...

Ah! Esse teu jeito
Assim tão dona de si
me inspira, me conduz ao paraíso.
Teu jeito de sorrir, abraçar...
Me faz desejar ser o único, tua propriedade...
Se faz querer ser desejado
Perto de você, viro anjo
E no mesmo instante demônio.

Fico atônito
Em meio a tantas faces ,
A tantas articulações.
Teus movimentos desestruturam meu alicerce,
Teus modos me deixa em amnésia parcial.

Se me perco, em você me acho.

Se não te encontro, logo não existo.


Nara Geize e Glaubya Milena

Tocantins        Paraíba


segunda-feira, 30 de julho de 2012

CILADAS DO AMOR


O Amor tem dessas coisas...
Ele nos sufoca nos prende e ao mesmo tempo nos torna livres...
Tem o poder do Querer e não poder
Amar e não ser correspondido
Ah! Esse prender e liberta-se do amor,
Essa dualidade que nos sustenta,
 Esse prazer que nos alimenta,
Que nos mantém em suas garras.
E ao instinto à insistência
A incerteza, a insônia.
A Obsessão insaciável...
Pelo intocável, inacessível.
As triviais sensações de
Um Sentir não retribuído.
E essa inércia nos sentimentos,
Nos faz querer a todo o momento o alvo do amor,
Mas o tempo que é algoz age com tudo fúria,
Levando para mais longe, o nosso bem,
Nossa luxúria.
E a insônia constante, nos faz sonhar acordado com esse bem amado.
E o querer é latente, o desejar é urgente.
E quanto mais ausente
Mais se faz presente,
O espírito embriagado,
Entorpecido de esperanças.

 Nara Geize, Adeilton de Freitas e Glaubya Milena
Guaraí-TO         Igaracy-PB              Cajazeiras-PB

segunda-feira, 23 de julho de 2012


 

E de repente tudo aconteceu;
O sol o seu calor esfriou,
A chuva a sua gota secou,
O brilho do olhar se apagou,
A fantasia deu lugar a sua algoz,
O silêncio roubou de mim a voz...
E eu que pensei que escrevia meu destino
Tracei o itinerário, o caminho
De chegar ao teu regaço.
Corri como correm os meninos
Fui dando passo após passo.
E ao avistá-lo ao longe
Acelerou-me o coração,
Pois ao vê-lo em outros braços
Encarei o triste fato:
Não existe ele e eu
Porque definitivamente estou só!

Nara Geize
Aruanã- GO
18/07/2012 às 15h:30

domingo, 24 de junho de 2012

Ilusão de você!!

Ilusão de você!!


E eis que pela janela vejo o anoitecer;

E com ele sinto seu calor,

Toque,

Cheiro,

Ouço sua voz,

Escuto o teu gargalhar,

Sinto suas mãos sobre as minhas,

O cheiro do teu hálito,

O apertar do teu abraço,

O pulsar do teu coração...

E eis que horas passam depressa;

E consigo trazem o amanhecer.

E com os raios do sol a realidade:

Tive miragens de você.

Não existe: calor, toque, cheiro

Voz, gargalhar, mãos unidas, abraços, pulsar do coração...

Não sei se odeio a noite por sua perfídia,

Por ser tão traiçoeira

Por me dar doses noturnas de você.

Também não sei se odeio o dia

Por ser tão cruel, frio...

E arrancar de mim a ilusão que a noite me trás.

 

 

Guaraí 19/06/2012 às 15:45

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Lembranças


 

Não quero que lembrem de mim

Pelas palavras que falei;

Nem pelas palavras de escrevi.

Pelas lágrimas que derramei,

Pelas dores que senti.

Pelos amigos que fiz,

Nem pelos inimigos que possuí.

Pelos amores que tive,

Nem pelos amores que sentiram por mim.

Pelos passos que dei,

Nem pelos caminhos que percorri.

Não quero que lembrem de mim,

Pelos acertos que tive,

Nem pelos erros que cometi.

Pelos lugares que dancei;

Nem pelas músicas que gostei de ouvir.

Pelos sorrisos que dei;

Nem pelas tristezas que senti.

Quero que lembrem de mim,

Pelo que não consegui,

Para que o meu desejo imortalize.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

UM




 UM


Meus pensamentos bailam
Desesperados a procura dos teus.
Sinto medo, frio,
Dor, pavor,
Tristeza, abandono, desilusão
Calor...
A ausência da sua voz me perturba
O cheiro do teu perfume espalhado no ar me embriaga.
Desejo novamente
Seus beijos,
Seu corpo
Seu toque...
Sentir-te em mim:
Levemente
Pulsante,
Ardente...
Sua respiração ofegante após o amor
Tenho saudades
Dos gemidos,
Suspiros
Do enroscar no chuveiro
Das palavras provocantes
Do entregar por inteiro
Do nosso tempo de amantes.
Quero o toque apertado
O beijo desesperado
O grito desvairado
Anseio por corpos
Unidos,
Fundidos,
Ligados.
Um só!
Quebrando a impenetrabilidade
Entrelaçado
Completamente nus
E assim por mais um instante
Sermos um em dois
E dois em um. 
 01/05/2012 Guaraí-TO

terça-feira, 1 de maio de 2012

Amigo


 Amigo
Por mais que um dia deixemos de nos falar
Sempre haverá em nós a lembrança
De todos os momentos que tivemos
Dos bons papos e do tempo da confiança.
A amizade é um assunto já por muitos falado
Por Milton Nascimento cantada
Por provérbios na bíblia citada
Por nós vivenciada
“Amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito.”
“Há amigos mais chegados que irmãos.”
Digo com toda certeza:
Você pra mim está nessa condição
Mesmo que um dia percamos o contato
Mesmo que o computador seja o intermédio do nosso papo
As recordações sempre se farão presentes
Na memória dos amigos ausentes
E quando esse dia chegar
Quero que de mim tenhas boa lembranças
Das conversar que tivemos
Dos segredos  compartilhados
Dos risos escancarados
E das nossas incansáveis andanças
.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pedaços de mim





Normal
Anormal
Branco
Preto
Mulher
Homem
Jovem
Velho
Criança
Quem realmente sou?
Saio em busca de mim, recolho meus pedaços
Corro atrás do meu eu e volto somente os cacos.
Não que seja ruim
Espalhar partes de mim
Cada passo que dou
Descubro um pouco mais do que sou.
Ao ouvir uma canção de amor
Reconheço-me nas palavras do compositor.
Sou sonhos interrompidos
Palavras que não foram ditas
Sorrisos escancarados
E até mesmo os ocultados
Ao ler lamúrias de um louco
Percebo-me como poucos
Nos textos contidos lá
Encontro meus pedaços
Nas lembranças que vivi
Nos amigos que conheci
Nos planos que tracei
Nas lágrimas que derramei
E no choro que escondi
Às vezes nessa busca incessante
Paro por um instante
E me pergunto à razão
De sair em busca de mim
Sem rumo ou direção
Esquecendo os fragmentos
Adquiridos com o tempo
De outros que encontrei
De lugares que conheci
E chego a seguinte conclusão:
Sou um pouco do nada e de tudo o que vivi.